VISITANTES

“Dia-bólica”





Realidade


Nua
Crua

Desconcertante
Desagregante

Dos desvalidos
Dos desumanos

Denegada
Dissociada

Mascarada
Fragilizada

Insana
Estereotipada

“Dia-bólica”
(de Nancy Fonseca)

A Tua Voz de Primavera




A Tua Voz de Primavera
Manto de seda azul, o céu reflete
Quanta alegria na minha alma vai!
Tenho os meus lábios úmidos: tomai
A flor e o mel que a vida nos promete!

Sinfonia de luz meu corpo não repete
O ritmo e a cor dum mesmo desejo... olhai!
Iguala o sol que sempre às ondas cai,
Sem que a visão dos poentes se complete!

Meus pequeninos seios cor-de-rosa,
Se os roça ou prende a tua mão nervosa,
Têm a firmeza elástica dos gamos...

Para os teus beijos, sensual, flori!
E amendoeira em flor, só ofereço os ramos,
Só me exalto e sou linda para ti!

Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas"

Lei













Lei
O que é preciso é entender a solidão!
O que é preciso é aceitar, mesmo, a onda amarga
que leva os mortos.

O que é preciso é esperar pela estrela
que ainda não está completa.

O que é preciso é que os olhos sejam cristal sem névoa,
e os lábios de ouro puro.

O que é preciso é que a alma vá e venha;
e ouça a notícia do tempo,
e. entre os assombros da vida e da morte,
estenda suas diáfanas asas,
isenta por igual.
de desejo e de desespero.

Cecília Meireles, in 'Poemas (1954)'


Primavera

Obra em Prosa,  de Cecília Meireles.  







A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la.
A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a  primavera que chega.

Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes  e a alegria de nascer, no espírito das flores.

 Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur.
 Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação.
Pequenas borboletas brancas e amarelas  apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.

 Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram  pelo céu o primeiro raio de sol.

 Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas  de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma deusa chega,  coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados  de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.

 Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a  terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.

 Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros  com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem  não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.

Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao  sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul.
Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra.
Os casulos brancos das gardênias ainda estão
sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas  roupas de chita multicor.

 Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.
 

Hoje







"Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque 
meia noite.
É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.
Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a 
poluição.
Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar 
minhas finanças, evitando o desperdício.
Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo.
Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou 
posso ser grato por ter nascido.
Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho.
Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus.
Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de 
fazer novas amizades.
Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para 
recomeçar.
O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser.
E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma.
Tudo depende só de mim." 
(Charles Chaplin)

Oi moço...!!!

OOI!!MOÇO

Poesia de Moacyr Sacramento


Não me perguntem quantos anos tenho;
e sim, quantas cartas mandei e recebi.
e mais jovem, se mais velho...
         o que importa,
se ainda sou um fervilhar de sonhos,
se não carrego o fardo da esperança mortal!

Não me perguntem quantos anos tenho;
        e sim, quantos beijos troquei!
        - Beijos de amor!
Se a juventude em mim ainda é festa,
se aproveito de tudo a cada instante
se eu bebo da taça gota a gota...
Ora! Então pouco se me dá que gota resta!

Não me perguntem quantos anos eu tenho mas...
queiram saber de mim se criei filhos
queiram saber de mim  que obras eu fiz,
queiram saber de mim que amigos tenho
e se alguém, pude eu, tornar feliz.

Não me perguntem quantos anos tenho mas..
queiram saber de mim que livros li,
queiram saber de mim poe onde andei,
queiram saber de mim quantas histórias,
quantos versos ouvi, quantos cantei.

E assim, somente assim, todos vocês,
por mais brancos os meus cabelos,
por mais rugas no meu rosto,
terão vontade de chamar-se:

                 Oi!!MOÇO!!

E ao  me verem passar aqui...ali...
não saberão ao certo a minha idade,
mas saberão, por certo, que eu vivi!






Para realizar grandes conquistas, devemos não apenas agir, mas também sonhar; não apenas planejar, mas também acreditar.

A Violeta






A violeta

 
(A uma icógnita... )


A ROSA vermelha
Semelha
Beleza de moça vaidosa, indiscreta.
As rosas são virgens
Que em doudas vertigens
Palpitam,
Se agitam
E murcham das salas na febre inquieta.


Mas ai! Quem não sonha num trêmulo anseio
Prendê-las no seio
Saudoso o Poeta.


Camélias fulgentes,
Nitentes,
Bem como o alabastro de estátua quieta...
Primor... sem aroma!


Partida redoma!
Tesouro
Sem ouro!
Que valem sorrisos em boca indiscreta?


Perdida! Não sonha num tremulo anseio
Prender-te no seio
Saudoso o Poeta


Bem longe da festa
Modesta
Prodígios de aroma guardando discreta
Existe da sombra,
Na lânguida alfombra,
Medrosa,
Mimosa,
Dos anjos errantes a flor predileta


Silêncio! Consintam que em trêmulo anseio
Prendendo-a no seio
Suspire o Poeta.


Ó Filha dos ermos
Sem temos!
O casta, suave, serena Violeta
Tu és entre as flores
A flor dos amores
Que em magos
Afagos
Acalma os martírios de uma alma inquieta.


Por isso é que sonha num trêmulo anseio,
Prender-te no seio
Saudoso o Poeta! ...
 











Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito 

ENQUANTO VOCÊ NÃO VEM

STAND BY ME

EVERETHING I DO

P.S. EU TE AMO

Sempre em minha mente

de Castro Alves,

AS DUAS FLORES São duas flores unidas São duas rosas nascidas Talvez do mesmo arrebol, Vivendo,no mesmo galho, Da mesma gota de orvalho, Do mesmo raio de sol. Unidas, bem como as penas das duas asas pequenas De um passarinho do céu... Como um casal de rolinhas, Como a tribo de andorinhas Da tarde no frouxo véu. Unidas, bem como os prantos, Que em parelha descem tantos Das profundezas do olhar... Como o suspiro e o desgosto, Como as covinhas do rosto, Como as estrelas do mar. Unidas... Ai quem pudera Numa eterna primavera Viver, qual vive esta flor. Juntar as rosas da vida Na rama verde e florida, Na verde rama do amor! Castro Alves

Obra de Arte!

Obra de Arte! Merece ser contemplada!

.

Quando me amei de verdade

Solidão

E AGORA JOSÉ?

Meus Blogs Pessoais

editorapensata.blogspot.com Create your own banner at mybannermaker.com!
Copy this code to your website to display this banner!
Create your own banner at mybannermaker.com!
Make your own banner at MyBannerMaker.com! Create your own banner at mybannermaker.com!

Supere-se

Mar

Mar

Mude - Pedro Bial

Não foi por acaso!

Gente , este video, é muito lindo, nós que somos eternos apaixonados, é só você substituir , o nome da Jackeline, pelo nome da pessoa que você ama, e aí, você vai viajar!


É Preciso Restaurar o Homem

A minha civilização repousa sobre o culto do Homem através dos indivíduos. Teve o desígnio, durante séculos, de mostrar o Homem, assim como ensinou a distinguir uma catedral através das pedras. Pregou esse Homem que dominava o indivíduo... Porque o Homem da minha civilização não se define através dos homens. São os homens que se definem através dele. Há nele, como em todo o Ser, qualquer coisa que os materiais que o compõem não explicam. Uma catedral é uma coisa muito diferente de uma soma de pedras. É geometria e arquitectura. Não são as pedras que a definem, é ela que enriquece as pedras com o seu próprio significado. Essas pedras ficam enobrecidas por serem pedras de uma catedral. As pedras mais diversas servem a sua unidade. A catedral as absorve, até às gárgulas mais horrendas, no seu cântico. Mas, pouco a pouco, esqueci a minha verdade. Julguei que o Homem resumia os homens, tal como a Pedra resume as pedras. Confundi catedral e soma de pedras, e, pouco a pouco, a herança desvaneceu-se. É preciso restaurar o Homem. Ele é a essência da minha cultura. Ele é a chave da minha Comunidade. Ele é o princípio da minha vitória.
Antoine de Saint-Exupéry, in 'Piloto de Guerra'


.

O Crime da Palavra
Nenhum código, nenhuma instituição humana pode prevenir o crime moral que mata com uma palavra. Nisso consta a falha das justiças sociais; aí está a diferença que há entre os costumes da sociedade e os do povo; um é franco, outro é hipócrita; a um, a faca, à outra, o veneno da linguagem ou das ideias; a um a morte, à outra a impunidade.
Honoré de Balzac, in "O Contrato de Casamento"